Homem inventa a máquina produtora de almofadas higiénicas de baixo custo

Em 1998, Arunachalam acabara de se casar com a sua esposa Shanthi. Um ele notou que ela estava a esconder algo dele - trapos, que usava como pensos higiénicos.
"Vou ser sincero. Eu não os usaria para limpar a minha mota", confessou o homem. Quando ele perguntou à sua esposa por que ela não usava pensos, ela disse que se fosse comprá-los, não teria condições de comprar comida.

Arunachalam comprou à sua esposa um penso, mas na verdade era muito caro. Então ele decidiu fazer pensos higiénicos ele mesmo. Ele deu um à sua esposa e pediu feedback. Descobriu que na sua aldeia, as mulheres usavam não apenas panos, mas também substâncias anti-higiénicas, como areia, serrim, folhas e até cinza. Aproximadamente 70% de todas as doenças reprodutivas na Índia são causadas por má higiene menstrual. Isso deixou-o ainda mais motivado.

Então ele criou um “útero", a partir de uma bola de futebol, fazendo buracos e enchendo-a com sangue de cabra. Então ele mesmo usaria o seu próprio penso. Arunachalam recolhia o sangue e misturava um aditivo que recebia de um amigo de um banco de sangue para evitar que coagulasse muito rápido - mas isso não impediu o cheiro.

Depois de mais de quatro anos de pesquisa, ele criou um método de baixo custo para a produção de pensos higiénicos. O processo envolve quatro etapas simples. Primeiro, uma máquina semelhante a um moedor de cozinha quebra a celulose dura em material macio, que é embalado em bolos retangulares com outra máquina.

Os bolos são então embrulhados em tecido não tecido e desinfetados numa unidade de tratamento ultravioleta. Todo o processo pode ser aprendido numa hora.

O objetivo de Arunachalam era criar uma tecnologia fácil de usar. A sua missão não era apenas aumentar e promover o uso de pensos, mas também criar emprego para mulheres rurais.

As máquinas são mantidas deliberadamente simples para que possam ser mantidas pelas próprias mulheres. O primeiro modelo era feito principalmente de madeira. Então ele recebeu um prémio pela sua invenção.

"Imagine, eu tenho direitos de patentes para a única máquina no mundo a fazer absorventes higénicos de baixo custo. Desde a infância, eu não conheço nenhum ser humano que morreu por causa da pobreza - tudo acontece por causa da ignorância".

Ele acredita que os grandes negócios são parasitas, como um mosquito, enquanto ele prefere o toque mais leve, como o de uma borboleta. "Uma borboleta pode sugar o mel da flor sem danificá-la", diz ele. Então ele tornou-se um empreendedor e lidera a sua empresa, a Jayaashree Industries. A maioria dos seus clientes são ONGs e grupos de auto-ajuda de mulheres.

Ele também inventou uma máquina de venda automática que pode dispensar pensos individuais com a inserção de uma moeda.

Adaptado de: https://bbc.in/2RB7kBH
https://bit.ly/31TevdZ
https://bit.ly/2LdvDW7

Mais informações: https://newinventions.in/
https://www.youtube.com/watch?v=L2u7t9