Homem inventa o braço prostético para si mesmo

"Não havia nenhuma opção, eu tinha de sair daqui e trabalhar. Eu tinha a responsabilidade de avançar, após tudo o que minha família fez por mim, já que nunca me deixaram. No hospital eles disseram-me que agora o Estado me protegeria, através da ajuda para pessoas com deficiências. Mas recusei a conformar-me".

Rafael começou a desenhar, e com a ajuda do seu tio Brunell Rodríguez e Ortopedia Caracas, ele fez o primeiro protótipo. "O meu tio mostrou-me próteses que eu não conhecia e com meu conhecimento de eletrónica que, por enquanto, era muito básico, consegui fazer um pequeno projeto em casa, e abri um mundo de possibilidades inimagináveis".

O braço prostético, até completamente terminado, deteta os sinais mioelétricos dos músculos e os transforma em comandos eletrónicos que dão movimento a diferentes articulações.

O dispositivo não é particularmente refinado. Tem uma peça na prótese que ajuda o técnico a segurar os objetos que ele precisa de reparar; Uma lupa com uma luz projetada para permitir que Rafael veja mais de perto as peças e partes de um circuito; E uma série de sensores perto da clavícula que respondem aos movimentos circulares do seu corpo e permitem maior mobilidade e precisão. "Na cama do hospital, há muito tempo para pensar", explicou o inventor. "Aqui, desenvolvi uma maneira de viver e voltar ao trabalho".

O modelo que ele projetou valeu-lhe o Prémio Nacional de Invenção Tecnológica Popular "Luis Zambrano" 2014 com o protótipo de um ombro desarticulado com os braços robóticos.

Adaptado de: http://bit.ly/2rYn1Kq
https://youtu.be/suFdOkCQWZo