Doente com doença de Parkinson constrói app para melhor fazer corresponder a sua medicação aos seus sintomas

Ray Finucane, nascido nos EUA, em 1944, é um engenheiro mecânico aposentado que sofre da doença de Parkinson. Ele criou uma app, em 2015, para o ajudar a fazer corresponder melhor a sua medicação aos sintomas.

A doença de Parkinson consiste numa condição em que as células do mesencéfalo se deterioram e morrem. Essas células produzem dopamina, o que é imperativo para o movimento muscular regular. Para tornar esses níveis de dopamina normais, o doente toma uma droga chamada levodopa (que é o tratamento padrão para esta condição há mais de 50 anos).

No entanto, não há como regular a concentração de dopamina no corpo do doente. Por isso, é difícil ajustar a dose perfeita de levodopa para uma pessoa específica e suas necessidades. Além disso, a doença de Parkinson é uma condição flutuante (os sintomas vêm e vão), o que dificulta a previsão de como os doentes responderão ao tratamento.

Então Ray encarou isso como um problema de engenharia e desenvolveu o PDWatch, uma app móvel (iOS) que o ajudaria a calcular e monitorar a dose de levodopa para as suas necessidades.

“O que eu fiz foi criar uma maneira de prever o efeito cumulativo de uma prescrição especificada e um esquema para derivar um cronograma de medicação para atingir a meta desejada. Envolve algo parecido com o desenvolvimento de blockchain, se isso faz sentido para você”, explicou.

Ray contou com a ajuda de um programador alemão, Heiko Mueller, e juntos criaram uma app que acompanha a medicação do doente e, com base nisso, ajuda o utilizador a prever a eficácia do seu tratamento medicamentoso.

O engenheiro aposentado mantém um registo por hora dos seus sintomas na app, que também serve como um monitorizador de medicação personalizado. A app também pode monitorizar a frequência cardíaca e dados de dados da etapa, sincronizando com o Apple Watch.

O PDWatch combina os dados com vários algoritmos personalizados e, em seguida, mostra gráficos com a concentração estimada de levodopa no cérebro ao longo do tempo. Esta informação permite ao utilizador ter uma ideia aproximada de sua condição (quando ele será capaz de andar, quando ele terá que estar na cama, etc.).

O PDWatch não foi lançado publicamente, e ainda é um protótipo. Ele não foi aprovado pelo FDA, mas foi testado e revisto, informalmente, por profissionais da área médica.

Mais informações: https://bit.ly/309icdX

Adaptado de: https://bit.ly/328aqDa