Amputado cria pernas prostéticas para pessoas com deficiências físicas

Wilfrid trabalhou como soldador. Durante o terremoto de 2010 no Haiti, uma parede da sua garagem desabou e esmagou a perna direita. Por não ter conseguido chegar ao hospital em pouco tempo, o seu joelho ficou infetado e os médicos tiveram de cortar a maior parte da perna. Isso levou-o a tornar-se um amputado.

Um dia, em 2010, ele conheceu uma instituição que é administrada pela Igreja Episcopal do Haiti em Porto Príncipe desde os anos 50. Aqui, os trabalhadores com deficiências criavam próteses e davam-as a pessoas com deficiência. Eles ajudam principalmente as vítimas do terremoto de 2010. Todos esses trabalhadores são ensinados por um homem de 60 anos chamado Emmanuel Celicourt. Ele não pode falar e trabalha lá há décadas. Foi aqui que Wilfrid conseguiu a sua primeira perna prostética.

Por ter experiência como soldador, ele decidiu juntar-se à equipa. Wilfrid levou três dias para desenvolver a sua primeira perna prostética.

Wilfrid ainda trabalha lá, tendo construído mais de 3000 próteses desde que se juntou à equipa.
 
"Ainda estamos a receber novos doentes", disse ele, acrescentando que uma mulher idosa que perdeu as duas pernas no terremoto veio recentemente ao centro. "Ela quer-se vestir, ir à igreja", expressou.

Wilfrid joga futebol e também ensina atletas com deficiência física a usar muletas.

“As pessoas entendem-me melhor do que alguém que tem duas pernas. Tentamos prestar serviços principalmente para aqueles que não têm nada. Quando alguém se torna amputado, pensa que é o fim da sua vida... Mas [uma prótese] é como um novo começo para um doente”, observou.

Adaptado de: https://bit.ly/2kh0WUY