Estudante desenvolve ferramenta de exame oftalmológico de baixo custo

Rose passou algum tempo a estudar e a trabalhar no Equador, em 2015. Um dia, um grupo de estudantes de medicina de outras universidades montou uma clínica improvisada, mas estava a fechar - e todo o equipamento de optometria fora empacotado.

Um idoso veio comprar óculos, mas apesar de haver muitos óculos, não havia como testar a visão do homem para determinar a sua prescrição. Isto foi o que fez Rose pensar numa solução.

“Conhecer o idoso aos 18 anos realmente afetou-me e nunca me esqueci. Mas nunca pensei em resolver este problema até que tivesse 21 anos, e então de repente ocorreu-me: essa é a coisa certa a fazer”, explicou.

Depois, com a ajuda de três dos seus colegas de turma, a menina criou o VisionFinder, uma ferramenta de exame oftalmológico que não é apenas conveniente, mas relativamente barata de ser construída e, portanto, ideal para os países em desenvolvimento.

Este dispositivo de mão foi produzido no campus da universidade com um custo de cerca de 100 USD.

Funciona como um refrator, a ferramenta do optometrista que mostra ao doente como o mundo ficaria com lentes diferentes. Foi inspirado no famoso brinquedo View-Master que “toca” uma bobina de imagens tridimensionais, uma diferente aparecendo toda vez que a pessoa pressiona uma alavanca.

A equipa solicitou uma patente provisória e Rose espera encontrar uma organização sem fins lucrativos para adotar essa solução. Ela disse que aprovou um acordo em potencial com uma startup que possuía capital, mas sem infra-estrutura para entregar óculos aos países em desenvolvimento, e essa é a sua prioridade.

A equipa vendeu, até 2017, três VisionFinders para uma fundação e uma clínica.

Adaptado de: https://bit.ly/31PguiE