Estudante inventa dispositivo para ajudar com mobilidade do braço

“[CRI] é um programa de remo que basicamente tenta atender atletas olímpicos, mas também atletas paraolímpicos e crianças e pessoas com limitações físicas. Eles tinham uma variedade de projetos para nós trabalharmos. Eu trabalhei num projeto que criou uma luva para pessoas que tinham força de preensão fraca ou coisas assim. Então eles podem continuar a remar mesmo que a mão deles caia. Você está a fazer algo com as mãos, o que não é uma habilidade que muitas pessoas da nossa idade têm. Você está a pegar num pedaço de madeira ou tubo de PVC, ou alumínio e está transformando isso em algo útil e isso é parte do que me mantém em engenharia”, explicou ela.

A estudante gostou tanto da experiência que pensou em fazer um estudo independente para o próximo semestre. Foi quando ela falou com a rabina Bodian, que tinha uma ideia com potencial para ela. Ela contou-lhe tudo sobre um amigo dela, Colby, que sofre de trombocitopenia com raio ausente (ou Síndrome TAR, que faz com que os braços se desenvolvam sem o raio).

A rabina Bodian sugeriu que Sarah construisse algo para ajudá-lo. A estudante concordou e começou a conversar com Colby, que lhe disse que estava a usar uma ferramenta que o seu pai lhe fez - um poste de madeira de quatro pés com um gancho em uma extremidade e um gancho de ferramentas na outra. Mas ele explicou que o problema com este dispositivo era que era grande demais para carregar. E ele e a sua família procuravam há anos por uma solução.

Sarah passou por vários modelos para criar um protótipo que atendesse às necessidades de Colby, usando materiais diferentes e com diferentes mecanismos de expansão e colapso.

“Eu tive de criar um dispositivo que fosse robusto, que pudesse estender-se e desmoronar-se para se encaixar como uma mochila e algo que ele estivesse confortável em usar fora de casa. O ponto de modelos e modelos de esboço é que você os faz mesmo que você não ache que vai funcionar apenas para ajudá-lo a pensar sobre isso. Pensei em algo com um botão que você pode pressionar para desabar como uma muleta ou uma bengala, mas isso pode ser um incómodo. Depois pensei num poste de barraca, mas não seria tão estável. Então lembrei-me de algo que foi realmente usado no laboratório Wellesley Engineering para CRI há alguns anos. Foi um projeto bem sucedido. Foi feito para pegar as alças de um erg, uma máquina de remo, para pessoas que não conseguem chegar tão longe ”, observou a estudante.

Depois disso, ela só teve de procurar e fazer os materiais necessários.

Quando o projeto terminou, Sarah enviou para Colby, que lhe disse que ele estava realmente animado e estava a usar essa nova ferramenta em vez da antiga.

Sarah fará melhorias de acordo com o feedback de Colby.

“Foi um processo muito intenso e difícil, mas é muito gratificante vê-lo a usá-lo. Isso realmente fez tudo valer a pena”, expressou a inventora.
Adaptado de: https://bit.ly/2GePMb4