Estudante cria sistema de escrita para invisuais

“É o meu primeiro ano numa escola que participa num projeto que integra alunos com problemas visuais em escolas públicas. Nós temos três alunos invisuais e a partir das interações diárias com eles eu fiquei muito curiosa e tinha muitas perguntas. Que letras eles usam e como comunicam com os outros. Fiquei espantada com o tamanho dos seus grandes livros. Isso motivou-me a aprender mais sobre o mundo deles e procurar respostas ", explicou a jovem.

A solução da Talah difere do Braille porque requer menor espaçamento ao imprimir, devido ao uso de sinais diacríticos colocados acima das letras, em vez de escrevê-los como uma letra completamente nova e separada, como é o caso do Braille. Esse novo sistema segue um padrão que ajuda a economizar tempo e esforço, facilitando quem está a aprender e a memorização mais rápida. As marcas diacríticas têm diferentes formas geométricas das formas das letras, e as formas geométricas são escritas em pequenas formas acima das letras, em contraste com o braille, e as marcas são escritas como novas letras.

“O alfabeto árabe é composto por 28 letras. Conjuntos de redes de nove quadrantes são usados ​​para representar as diferentes letras. Eles são divididos em três grades, que são usadas recorrentemente, com a única diferença sendo a ausência ou a presença de um ou dois pontos dentro das formas. As letras são divididas em três grupos e as nove formas básicas são usadas em todos os três, com diferentes usos de pontos a cada vez ”, expressou.

A inventora trabalha neste projeto há dois anos e espera poder ajudar pessoas de todo o mundo. Ela já solicitou uma patente e tem planos para publicar o seu trabalho.

“Então, vou trabalhar na publicação deste sistema de escrita para difundi-lo e ajudar pessoas com deficiências visuais. Eu definitivamente quero aplicar a estrutura do sistema de escrita a mais idiomas que podem ou não incluir diacríticos para ajudar a expandir ”, disse Talah.

O aluno conquistou o 3º lugar na Intel ISEF 2018 na Pensilvânia, EUA, em maio de 2018.

O projeto de Abualnaja levou-a a conquistar o terceiro lugar na Intel ISEF 2018 na Pensilvânia, em Pittsburgh, em maio.

Adaptado de: https://bit.ly/2sGkeE0